Aos 28 anos, Monica Rocha realizou o sonho de conquistar a faixa preta no taekwondo. A atleta, que tem T-21 (síndrome de Down), treinou ao longo de 10 anos no Instituto Olga Kós, em São Paulo. A entidade promove a inclusão por meio de diversos projetos, incluindo esportes. O momento da graduação foi eternizado em um vídeo gravado no Ginásio do Ibirapuera e que invadiu as redes sociais. “Eu sabia que ia demorar, mas, quando chegou o dia, eu fiquei tão feliz“, contou Monica.
A jornada na luta marcial começou antes mesmo de Monica entrar para as aulas. Seu pai não aceitou a ideia por acreditar que se tratava de um esporte para homens. Mas isso não foi impeditivo para a atleta, que, agora, sonha em abrir a própria academia e visitar a Coreia do Sul, terra natal do taekwondo. “Pessoas especiais, como nós, a gente tem uma deficiência. Síndrome de Down, por exemplo, tem um cromossomo. Mas o nosso cromossomo é de amor e de bondade“, diz.
Incentivo de professor foi fundamental à atleta
Sempre muito consciente da rede de apoio que construiu, Monica nunca deixa de lembrar dos aprendizados que adquiriu com o professor e amigo, Ranieri Couto dos Anjos, que dá aulas para deficientes físicos e intelectuais no Olga Kós. “Na graduação da faixa preta, ela fez o currículo inteiro de uma pessoa que estaria sendo avaliada para a faixa preta. Apenas a questão das exigências que é adaptada“, contou o instrutor ao programa.
