Por CNN
A pesquisa “Neurodiversidade no Mercado de Trabalho” mostra que, no ambiente de trabalho, quase a metade dos entrevistados nunca trabalhou diretamente com pessoas neurodivergentes, 21,4% tiveram experiências desafiadoras e apenas 30% considerou ter experiências positivas.
O estudo também aponta que 75% dos brasileiros estão familiarizados com o termo “neurodiversidade”, o que inclui Transtorno de Espectro do Autismo (TEA) e outras condições, sendo 48,6% com conhecimento limitado. Outros 25% nunca haviam tido contato com a expressão.
Além disso, 86,4% dos entrevistados dizem que nunca participaram de treinamentos ou programas relacionados ao tema no ambiente corporativo.
O levantamento, que ouviu 12 mil profissionais e estudantes, foi realizado pela empresa Consultoria Maya, em parceria com a Universidade Corporativa Korú, e apoio da startup Tismoo܂me e do Órbi Conecta.
“Pessoas neurodivergentes podem ter Transtorno de Espectro do Autismo (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Dislexia, Síndrome de Tourette, entre outras condições, e nenhuma delas as impede de exercer atividades profissionais. Precisamos desmistificar esses termos e normalizar a presença de pessoas atípicas no ambiente de trabalho”, comenta Francisco Paiva Jr., cofundador e CEO da Tismoo܂me.
Desafios para a inclusão
Vale destacar ainda que 40% dos entrevistados acreditam que a criação de programas de sensibilização e treinamentos para colaboradores seria a melhor estratégia para promover a inclusão de pessoas neurodivergentes no local de trabalho.
Outras soluções seriam:
- Oferecer ajustes razoáveis como ambientes de trabalho flexíveis e tecnologias assistivas (29,3%);
- Estabelecer programas de mentoria ou apoio para colaboradores neurodivergentes (16,4%);
- Criação de um comitê de neurodiversidade (7,1%).
A maioria dos entrevistados apontou que a neurodiversidade traz benefícios para o ambiente de trabalho, como promover um espaço com mais criatividade e inovação, fortalecer a cultura de equipe, fomentar um ambiente de aprendizado, aumentar a satisfação e o engajamento dos colaboradores.
O levantamento também identificou que a falta de compreensão de colegas e da liderança foi apontada como um dos principais desafios enfrentados por neurotípicos no ambiente de trabalho (62,9%).
Do total, 55% acreditam que é possível combater os estigmas e preconceitos por meio de programas de conscientização e educação e outros 42,9% por meio de política de inclusão e suporte.
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